Conheça o projeto Plastinarium

Tive a honra de participar do projeto Plastinarium, que aconteceu entre os dias 15 e 19 de janeiro de 2018, na cidade de Guben, Alemanha. Hoje vou contar para vocês sobre esse projeto, que tem o intuito de criar várias peças de fáscia num processo de plastinação, desenvolvida por Von Hugens.

Ele está amparado por estudiosos e pesquisadores interessados neste tecido que está presente por todo o corpo, formando uma larga e extensa network.

Anatomistas e dissecadores do Plastinarium também estão envolvidos em demonstrar e tornar visível o tecido conectivo, de modo a influenciar em detalhes subsequentes como os planos anatômicos se organizam espacialmente e são delimitados por um conjunto de material fibroso de qualidade elástica que dá suporte a todos os outros tecidos e órgãos do corpo.

O grupo tem liderança do Dr. Robert Schleip e Dra. Carla Stecco. Além de outras presenças notáveis, como de John Sharkey, Dr. Hanno Steinke, Gil Hedley PhD, Prof. Van der Vals, e Divo Muller, que dão qualidade excepcional ao projeto Fascia. Cujo objetivo claro é estudar a anatomia da fascia tridimensionalmente em corpos humanos em um ambiente educacional.

Estes encontros são conduzidos como parte do Projeto de Plastinação da Fascia (um projeto cooperativo da www.fasciareserachsociet.org, www.fasciaresearch.de e www.plastinarium.com) com o intuído de apresentar a expressão em 3D da fascia humana em  sua Anatomia Fascial nos 5º ou 6º Congresso de Pesquisa da Fascia 2018/2021. O que inclui a dissecação da fascia toracolombar, das fáscias cranianas/nucal, fascia braquial, septos de membros inferiores, pericárdio, estruturas de ligação oblíquos e transverso do abdome, planos e camadas das estruturas conjuntivos e suas interpelações.

Uma outra parte do programa se destina a demonstrar conexões fasciais e sua capacidade de manter uma unidade estrutural dinâmica e informacional. A ênfase se desdobra para o significado e relevância destas informações para terapeutas manuais e profissionais de movimento.

Finalmente, palestras anatômicas específicas e instrução palpatória em um ambiente de sala de seminário que ajudam a ligar a conexão entre a sala de dissecção e as propriedades do tecido fascial vivo.

Como terapeuta corporal – Rolfing® – e um praticante e instrutor de movimento venho me dedicando aos estudos da fascia desde 2000. Como atleta e como profissional de educação física, me coloquei desde o início com a questão da importância da fascia no movimento. Minha ida a Guben se dá, neste primeiro momento, como um meio de reconhecer suas características anatômicas e a partir daí, poder projetar estudos de movimentos que a incluam.

Há algum tempo me conectei como membro do Fascial Fitness Association e do Fascial Research Society buscando mais soluções para o estudo do corpo humano com foco na fascia. Imaginei que o projeto poderia me dar condições de acessar diretamente o modo de organização local e como sua extensão conectiva forma uma dinâmica interativa tensional. Conhecer a fáscia tornou-se uma parte necessária da pesquisa de movimento e de terapêutica a que me dedico.

O evento inclui especialistas de diversas áreas, médicos,  médicos legistas, fisioterapeutas, profissionais do movimento como Pilates, Yoga, Fascial Fitness Trainers, etc que trazem suas habilidades, seus conhecimentos e sua paixão para as mesas de conversas e dissecação. Abordam-se os benefícios dos estudos da fascia, como ela se organiza e como influencia na estruturação do corpo.

Conversas como a fáscia ser uma das novas fronteiras da anatomia, seus benefícios para a conhecimento da saúde, como ela está organizada, sua importância na mobilidade, e como o projeto Plastinarium, são os primeiros passos para tornar público e visível sua constituição.

Para fazermos uma diferença é preciso nos metermos no assunto que nos chama. O meu, em particular, é compreender como a vida se faz. Em particular sua fisiologia e sua expressão emocional. Como os corpos se formam? Quais são as questões da morfologia? O que é vida?

“Você faz a diferença”.

Agora é esperar por novembro de 2018 em Berlim, no 5º. Congresso de Pesquisa em Fascia.

Para fazermos uma diferença é preciso nos metermos no assunto que nos chama. O meu, em particular, é compreender como a vida se faz. Em particular sua fisiologia e sua expressão emocional. Como os corpos se formam? Quais são as questões da morfologia? O que é vida?

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